Perigo no Hospital: Mary Higgins Clark

     

Título:Perigo no Hospital

Autor(a): Mary Higgins Clark

n° de páginas: 335

Editora: record

ISBN: 85-01-01788-4

Esse suspense traz a história do Dr. Edgar Highley, obstetra de renome, especialista em tratamentos de fertilidade, que guarda um sinistro segredo profissional: para trazer novas vidas ao mundo, é necessário que algumas outras sejam ceifadas! Por conta de um pequeno acidente, Katie DeMaio, jovem promotora de uma pequena cidade interiorana, acaba no hospital onde o Dr. Edgar Highley trabalha. E por acaso testemunha o momento em que ele faz mais uma vítima. O cenário torna-se ainda mais nebuloso quando a própria DeMaio necessita de uma intervenção cirúrgica de urgência, e vai para nas mãos do misterioso Dr. Edgar Highley.    

     Segundo a orelha do meu surrado exemplar adquirido em um sebo, Perigo no Hospital é um "clássico do suspense contemporâneo" e foi uma das obras responsáveis por intitular a autora como "a rainha americana do suspense. É claro que tais adjetivos me instigaram a ler a obra, até porque fazia muitos anos que eu não me aventurava em livros policiais (os últimos que eu me lembro foram os da série Os Karas, do tio Pedrão, lá pelos meu treze anos em um passado nem tão remoto assim).

    O livro é narrado em terceira pessoa por um narrador-observador e tem como protagonista a jovem viúva e promotora Katie DeMaio, que foi testemunha de um crime cuja investigação está sob a responsabilidade de sua jurisdição. O porém é que a Katie não sabe disso. Ela acredita ter tido uma alucinação por excesso de medicamentos e imaginado uma cena no mínimo suspeita: Um homem colocando o cadáver de uma mulher no porta malas de um carro no estacionamento de um hospital. A promotora testemunhou tudo da janela do quarto em que estava internada.

Ele ergueu os olhos para as janelas do hospital. No quarto do centro do segundo andar, uma sombra se moveu. Estaria alguém olhando?

     No dia seguinte Vangie Lewys, uma mulher grávida, é encontrada morta em uma cena de suicídio montado. Logo se assume a hipótese de que ela tenha sido assassinada e a suspeição do crime se recai sobre o seu marido, baseada em provas meramente circunstanciais. No entanto, desde o início da narrativa o assassino já nos é apresentado e é nada mais nada menos do que o médico obstetra da Vangie. Entendam que o mistério do livro não gira em torno da autoria do crime, mas sim nos motivos que o levou a ser praticado, de forma que a leitura por vezes se torna tediosa e cansativa.

     Os pontos culminantes rondam os crimes que ocorrem em consequência desse homicídio, onde o Dr Highley tenta ocultar suas pontas soltas.

     Ao mesclar pesquisas médico-científicas e investigação criminal, a autora apostou em uma fórmula inovadora, mas não conseguiu me conquistar enquanto leitora.

       Um mistério fraco com suspense que não prende e que, apesar de bem escrito, não me fazem querer ser súdita da "rainha americana do suspense".

Beijos da Néury